A Mãe gostou muito da imagem que ilustra o convite. Mas começou por perguntar: "É a fotografia do quarto da Docas em Lisboa?". E ficou espantadíssima quando lhe respondi que não, que era não uma foto, mas uma pintura de um outro quarto qualquer, em outra cidade. Confesso que me veio logo à memória o que nos contou o pintor catalão Carles Bros, que tem, neste momento, uma exposição no Museu de Espinho, sobre a pesca: quando colocou no exterior do seu estúdio, perto de uma praia, pinturas em papel grosso de sardinhas alinhadas em caixas, exactamente como as sardinhas da vida real, acorreram optimistas gaivotas e picaram o desenho. Desiludidas, voltaram ao mar, deixando o artista feliz e mais seguro de si e da sua arte. A Docas, que estava na galeria do Museu, nesse dia, e ouviu Carles Bros, pode sentir-se igualmente orgulhosa, pela mesma razão. E eu até acho a sua jarra de flores e a paisagem que se insinua estre os estores bem mais atractivas do que as sardinhas nas suas caixas de ripas de madeira!
Deixem-me acrescentar: não se deve fazer uma tal comparação, porque as flores estão destinadas a ser sempre mais bonitas do que as caixas das sardinhas. E a verdade é que me agradou imenso a exposição de Bros! As caixas enchiam o chão numa das entradas e recriavam esplendidamente um ambiente de lota de peixe. Uma vareira do bairro que fica, ali, ao lado do Forum de Arte e Cultura, não resistiu a lançar um pregão. Foi um espontâneo e belo momento. Pena não ter sido gravado.
Lá estarei, Docas.
ResponderEliminarGosto muito do quadro que as organizadoras escolheram para o convite. Não é o meu favorito absoluto, mas quase!
A Mãe gostou muito da imagem que ilustra o convite. Mas começou por perguntar:
ResponderEliminar"É a fotografia do quarto da Docas em Lisboa?".
E ficou espantadíssima quando lhe respondi que não, que era não uma foto, mas uma pintura de um outro quarto qualquer, em outra cidade.
Confesso que me veio logo à memória o que nos contou o pintor catalão Carles Bros, que tem, neste momento, uma exposição no Museu de Espinho, sobre a pesca: quando colocou no exterior do seu estúdio, perto de uma praia, pinturas em papel grosso de sardinhas alinhadas em caixas, exactamente como as sardinhas da vida real, acorreram optimistas gaivotas e picaram o desenho. Desiludidas, voltaram ao mar, deixando o artista feliz e mais seguro de si e da sua arte.
A Docas, que estava na galeria do Museu, nesse dia, e ouviu Carles Bros, pode sentir-se igualmente orgulhosa, pela mesma razão.
E eu até acho a sua jarra de flores e a paisagem que se insinua estre os estores bem mais atractivas do que as sardinhas nas suas caixas de ripas de madeira!
Deixem-me acrescentar: não se deve fazer uma tal comparação, porque as flores estão destinadas a ser sempre mais bonitas do que as caixas das sardinhas.
ResponderEliminarE a verdade é que me agradou imenso a exposição de Bros! As caixas enchiam o chão numa das entradas e recriavam esplendidamente um ambiente de lota de peixe. Uma vareira do bairro que fica, ali, ao lado do Forum de Arte e Cultura, não resistiu a lançar um pregão. Foi um espontâneo e belo momento. Pena não ter sido gravado.
Voltando à Docas: talento tem.
ResponderEliminarE como evoluiu nestes 3 anos, desde a primeira - e já bem promissora - exposição colectiva em Espinho!